Quando o país mergulhou na dura crise econômica ao final de 2014 já se imaginava que sair do atoleiro seria uma tarefa complicada, em especial para o comércio, que depende unicamente do ânimo do mercado interno. O que não se esperava é que a recuperação seria tão lenta.
A maioria das previsões de economistas cravavam que as vendas voltariam ao nível pré-crise por volta de 2020, algo agora considerado pouco provável levando-se em consideração o desempenho atual da economia.
Como exemplo, o volume de vendas do varejo restrito é hoje 7% menor do que o registrado em 2014. Considerando que nos últimos 12 meses (terminados em maio) as comercializações do setor cresceram em média 1,3%, se esse ritmo se mantivesse constante, seriam necessários mais de cinco anos para deixar a crise para trás. Ou seja, o alívio só viria entre 2024 e 2025.
Mas, para piorar, o que se constata é uma tendência de diminuição no ritmo do varejo, que nos 12 meses anteriores havia crescido mais de 2% na média, e agora reduziu a marcha para 1,3%. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) já trabalha com uma previsão de crescimento anual de apenas 1,1%.
Certamente esta não é a notícia que os empresários gostariam de ouvir nesta terça-feira, 16 de julho, quando se comemora o Dia do Comerciante. De fato, da perspectiva econômica, não há muito o que se comemorar a não ser alguns pequenos sinais que apontam para uma saída bem mais à frente.
Um desses indicativos, curiosamente, é consequência direta da crise. Com a perda de dinamismo da economia, a inflação desacelerou consideravelmente, para 3,37% em 12 meses, o que permite ao governo estimular o crédito com a redução da alíquota de recolhimento de compulsórios e, possivelmente nos próximos meses, com a redução da Taxa Básica de Juros, a Selic.
Paulo Guedes, ministro da Economia, também demonstrou a intenção de liberar recursos do Pis-Pasep e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para estimular o consumo.
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